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Mostrando postagens de novembro, 2017

O quanto eu já sucumbi?

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Hoje eu sinto aquele mesmo aperto, aquela mesma angustia no peito...  Ao mesmo tempo em que me sinto feliz, começo a pensar e a cada vez... Me deparo com coisas que eu não quero analisar.   O quanto eu já sucumbi?  A sensação de desconforto aumenta... Eu estou com um sorriso fraco nos lábios mas ainda sim os olhos cheios de lágrimas. Lágrimas estas que me esforço para não deixar transbordar.  Em meus piores momentos eu já cheguei a pensar que talvez fosse melhor não ter me envolvido, não ter te conhecido, mas no segundo seguinte me arrependo e repreendo, agradecendo novamente por saber o quanto você já me salvou...  Será que é errado ficar feliz por você, mas ao mesmo tempo ficar triste? Será que é errado imaginar como sua conquista foi importante, mas ao mesmo tempo pensar que isso pode deixar um abismo ainda maior entre nós dois?  Eu preciso admitir apesar de não querer, que sou só mais uma dentre muitas com esse pensamento... Apesar disso, meus sentimentos são meus e s

"Bons" sonhos?...

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Abri meus olhos mais uma vez. De novo aquele lugar?... Caminhei no escuro já reconhecendo o mesmo corredor, as mesmas paredes. Não era a primeira vez que eu "acordava" por ali.  Os ruídos eram baixos e longínquos. Era quase como estar preso em uma caixa.   O que fazer, afinal? Sempre que eu me encontrava nessa situação acabava me vendo aflita e sem chão, sem ação.  Aquele sonho não me carregava a um lugar bom. Uma angustia crescente no peito, uma voz distante que eu não conseguia distinguir de forma alguma.  Um ruído e finalmente eu voltava a entender. Eu estava sonhando novamente . Presa dentro de mim mesma...  Ainda hoje eu me pergunto o que é pior, sonhar com algo assim, ou ter a consciência de que aquilo era um sonho.  Forço os braços os sentindo dormentes, não consigo me ver mas sei que estou deitada na posição que adormeci. -Acorda, já está na hora! - Reclamo voltando a andar pelo lugar. Aquela voz aos poucos se aproximando ainda com palavras inteligív

Antiga Polaroid

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 Abri a caixinha retirando dali aqueles pequenos papéis. Alguns já estavam até mesmo amarelados graças a ação do tempo.  Distribui em meu colo, pegando rapidamente uma polaroid teimosa que tentava a todo momento fugir. - Ora essa, fique aqui. - Resmunguei colocando-a sobre o colo novamente. Observei a frente algumas pessoas caminhando. O sol vez ou outra se escondia tímido atrás das nuvens. Alguns agradeciam. Tomei alguns papéis fotográficos nas mãos, observando o rosto que eu tanto gostava, o sorriso que me fazia sorrir até nos piores dias.  Deitei sobre a toalha surrada de pique nique, vendo a luz refletir-se através das folhas daquela grande copa verde. Seu sorriso naquela determinada foto me fez sorrir também, mais uma vez. Empurrei-a para o lado com os dedos de uma única mão, revelando a próxima foto. -Essa cor combina tanto com você. - Falei baixinho comigo mesma. Laranja lhe caía bem. A brisa soprou, levando consigo sua foto mais recente. Agarrei-a a tempo, vend

Gotas

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Encarei a parede do prédio a frente cerrando os olhos devido a forte claridade. O barulho do ar condicionado começava a me deixar incomodada.   Analisei a última folha de estudo, respirando fundo e rolando os olhos. Eu precisava relaxar. Levantei-me, me despedindo de algumas pessoas conhecidas ao redor. Coloquei a alça larga da bolsa no ombro e desci as escadas já com os fones. Aquela música me deixava um pouco mais animada.  Me limitei a acenar com as mãos ou a cabeça os raros "oi" que me diziam.  Desci a última escadaria da biblioteca, olhando uma densa nuvem pela vidraça. O tempo parecia ter mudado em tão pouco tempo...  Agarrei o corrimão já no exterior do prédio. Pessoas saiam da biblioteca apressadas, alertando-me sobre algo que eu não entendia o motivo. "-Vá embora logo, você não vai querer ficar neste tempo" Ouvi mais uma pessoa e meu rosto se contorceu em confusão. O que estava havendo?  Logo encarei a rua, ouvindo pequenos barulhos fami

Era

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Sentei-me longe do grupo, ouvindo a música e a contagem reiniciar.  O relógio marcava meia hora a mais do que o último momento que eu havia o encarado. As palmas, fluíam junto com o ponteiro dos segundos, me deixando um pouco desconfortável. O relógio realmente estava sendo um inimigo.  Tomei mais um gole d'água ajeitando a joelheira sobre o pano da meia gasta, puxando-a e suspirando pesado com a pontada insistente em meu joelho.  Deixei o pequeno urso azul da garrafa sendo guarda costas daquele líquido tão importante, levantando-me com as mãos na cintura. Retribui o sorriso de uma amiga que agora se aproximava. - Segundo grupo. - A voz era calma, assim como seus movimentos enquanto nos passava um pouco do seu conhecimento. Tudo parecia-lhe fácil.  Posicionei meus pés o melhor que pude, estendi os dedos até o metal gelado o envolvendo com a palma e só então suspirei, arrumei minha postura e encarei um ponto fixo que não tinha nada de interessante, mas me mantinha proteg

Talvez fosse...

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Deslisei a sola surrada do tênis para trás, recolhendo minhas pernas e apoiando o livro antigo sobre os joelhos. O ralado de semana passada ainda me incomodava.  Retiro da frente os fios de cabelo que insistem em balançar em cima das páginas. Sorrio contido. "Senhor vento, pare de me desarrumar, sim?" Repito a frase em pensamento.   Lendo as letras miúdas, imagino as cenas devagar. O castelo ainda estava de pé, mesmo depois da grande guerra. A protagonista recuperava-se de seus ferimentos sendo amparada pelo guarda real que reclamava sobre sua teimosia. Ah... Talvez fosse bom lutar grandes guerras como aquelas.  Liguei os fones na mesma música de sempre, ouvindo-a se repetir várias e várias vezes. A melodia não me cansava, e ainda embalava até as cenas mais brutas.  Eu sempre gostei de ler. Ler sobre castelo, sobre fadas, sobre pessoas comuns, todo livro era um mundo, e eu apreciava-o em qualquer lugar.  Mas talvez, nenhum lugar fosse tão bom quanto aquele.  T

O primeiro bilhete

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Você tem algum tempo? Me desculpe, sei que o dia a dia é corrido, mas prometo ser breve.  Este será meu primeiro bilhete, minha primeira marca. Não é algo requintado ou cheio de fama, mas talvez possa lhe trazer um sorriso, uma sensação.  Você não me conhece ainda, então muito prazer. Pode me chamar como quiser. Eu tenho um nome, todos temos, mas as vezes precisamos que outras pessoas nos deem novos "títulos", isso cria empatia então, fique a vontade.  22 anos, de uma cidadezinha pequena no interior de um grande estado. Estuda dança, línguas, desenha nos tempos livres e trabalha assim como todo mundo. Essa sou eu. Nada novo ou tão interessante.  Criei este espaço para deixar que as folhas que escrevo tenham um pouco de atenção. Vivemos cercados por palavras e muitas vezes um simples rabisco em uma página pode mudar nosso dia, ação ou visão.  Eu não espero parecer arrogante, mas espero que algo aqui possa mudar seu dia em algum momento. Te trazer um s

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